terça-feira, 22 de setembro de 2009


Filosofia Medieval

Início: sécs. IV-V. 
final: Renascimento e pensamento moderno, sécs. XV e XVI. 
Divisão do período medieval

1ª fase- queda do império Romano (séc. V) até os sécs. IX-X 
2ª fase- sécs. IX- XV- desenvolvimento da escolástica e criação das universidades (séc. XIII), até crise da Escolástica e surgimento do Humanismo Renascentista (sécs. XV-XVI). 
· Idade média: termo criado pelo poeta italiano Francesco Petrarca, para designar o período entre o clássico e os novos tempos. 
Idade das trevas: período obscuro, de atraso econômico e político do sistema feudal; pelas guerras religiosas; peste negra e monopólio da Igreja nos campos educacionais e culturais. 
Escolástica: deriva de officium scholasticus, isto é, aquele encarregado de difundir a cultura das sete artes nas escolas e catedrais desde os tempos de Carlos Magno. Ou também aquele que procurava solucionar problemas relacionados entre a fé e a razão. 
 Santo Agostinho (354-430): era tido como pensador antigo, porém enxergava o mundo com de acordo com as mudanças que sua época passava. Ele introduziu a primeira síntese entre o pensamento cristão e a filosofia grega, no qual foi chamado de Platonismo cristão. Em seu pensamento encontra-se a oposição entre exterior-interior, para ele a interioridade é onde mora a verdade (in interiore homine habitat veritas).
 Principais obras: confissões e de civitate Dei (a cidade de Deus) 
 Pedro Abelardo (1079-1142): raciocínio crítico, pois para ele “a chave da sabedoria está na interrogação e somente com uma investigação e que conhecemos a verdade”. 
 Principal obra: Sic et non (sim e não) 
 Santo Anselmo (1093-1109): elaborou sua teoria a partir da preocupação com o entendimento da fé, da razão e da revelação. Em sua principal obra o Argumento Ontológico ele prova a existência de Deus como ser perfeito e mesmo que alguém entenda este conceito não poderia duvidar de sua existência. 
 São Tomás de Aquino (1225-1274): sua filosofia surge com a criação das universidades onde ele era professor da universidade de Paris. Seu pensamento foi bastante influente estendendo-se até o período contemporâneo, foi canonizado em 1323, no período da contra-reforma foi declarado doutor da Igreja tendo sua obra colocada ao lado da Bíblia. Sua obra foi de suma importância na luta conta os protestantes. 
 Principais obras: de ente et essentia (sobre o ente e a essência); summa contra gentiles (suma contra os gentios); de veritate (sobre a verdade) e sua principal obra summa theologica (suma teológica). 
 Suma teológica é uma obra que procura articular razão e fé. Ela é dividida em três grandes tratados que procuram explicar a existência de Deus; se ela pode ser demonstrada e as cinco vias sagradas da existência de Deus. 
 Guilherme de Ockham (1284-1344): filósofo mais influente do séc. XVI, Ockham escreveu várias obras criticando o caráter mundano da Igreja. Ele defendeu e separação do poder espiritual (papado) e do poder político (monarquia). Em sua principal obra lógica e metafísica, ele assume posição nominalista em relação a questões do universal e através do comentário de Boécio em que a natureza dos gêneros e espécies, seriam entidades existentes em si ou em entidades mentais. Este tema dividi-se em quatro linhas: o realismo platônico; o realismo aristotélico; o conceitualismo e o nominalismo. 
 Realismo platônico: aonde formas ou idéias são entidades de existência autônoma, pertencente ao mundo das idéias e independentes das coisas. 
 Realismo aristotélico: em que gêneros e espécies podem ser conhecidos como substância individual através de uma abstração. 
 Conceitualismo: aonde os universais são apenas conceitos, isto é, qualidades ou sentenças que descrevem o objeto, existindo na mente um conceito para unir e relacionar objetos particulares. 
 Nominalismo: aonde seres universais são apenas palavras, não ocorrendo nenhuma entidade correspondente a eles. 
 O nominalismo de Ockham é mais sofisticado pois, é um misto de conceitualismo e nominalismo, aonde entende-se o universo como um conceito do qual nos referimos a qualidades ou características.

 


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